Parque Natural Municipal se tornará realidade em Iúna

Em outubro, os vereadores João Ribeiro e José Saloto participaram das reuniões junto à gestão municipal, população e representantes do Iema e Incaper para planejarem a criação de um parque ecológico em Iúna. O projeto, se sair do papel, pode se tornar inédito na região do Caparaó, e poderá receber iniciativas voltadas para o desenvolvimento do ecoturismo, ações de educação ambiental e prestação de serviços diversos para a sociedade.

Para dar corpo a essa iniciativa, durante as duas primeiras reuniões, realizadas nos dias 07 e 16 de outubro, foram discutidos os termos para readequação da Lei Municipal de uso da reserva natural, a definição do nome do local, sendo Parque Natural Municipal Jovelino Nunes e também a criação do Instituto Maria da Mata – organização de responsabilidade socioambiental que vai gerir o espaço.

De acordo com a pedagoga da Secretaria de Educação, Ivanete Silveira, responsável pela equipe multidisciplinar do projeto, as reuniões foram muito produtivas e resultaram em importantes ações a serem desenvolvidas a curto prazo.

“Já aprovamos o estatuto que vai guiar as ações do Instituto Maria da Mata, que foi uma personagem muito importante para a preservação cultural dos costumes do nosso município”, comentou Ivanete.

O próximo passo, de acordo com o vereador José Saloto, é solicitar à administração municipal a revisão das divisas da Reserva Jovelino Nunes, anexando as áreas nativas circunvizinhas que ainda não estão contempladas no território da reserva.

Os documentos estão sendo avaliados pela procuradoria-geral da Câmara e serão adaptados para atualizar o projeto de Lei.

Instituto Maria da Mata

A definição do nome do Instituto Maria da Mata, recém-criado para gerir o futuro Parque Natural Municipal Jovelino Nunes, tem um propósito. De acordo com pesquisa da professora-historiadora Viná Garcia Silveira de Moraes, Maria da Mata foi uma personagem histórica do município, conhecida por ter vivido mais de um século e que teve suas personalidade e ações voltadas à preservação cultural dos costumes indígenas e africanos.

Maria da Mata foi uma das primeiras moradoras do Satírio, no bairro Quilombo. Ainda segundo a pesquisa, era uma mulher que viveu em condições de pobreza, no tempo em que a raça, a cor da pele e o gênero eram fatores que determinavam a posição social e a vida do indivíduo e quando, raramente, a ascensão social acontecia.

Hoje, essa história de vida é contada por depoimentos orais de parentes e conhecidos, tendo como cenário principal a cidade de Iúna do final do século XIX até por volta de 1980.

Mais informações sobre essa personagem histórica pelo link: http://vinagsm.blogspot.com.br/2011/11/maria-da-mata.html.