Câmara aprova orçamento de R$ 60 milhões para Iúna em 2016

Os vereadores de Iúna aprovaram, no final de novembro, a Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2016, estimada em quase R$ 60 milhões, praticamente o mesmo montante de 2015.

Durante a sessão, os parlamentares analisaram os recursos destinados a cada secretaria da administração e questionaram a falta de planejamento e o corte de mais de R$ 500 mil para os projetos de agricultura.

“Do que adianta fazer emenda se o orçamento está tão cortado para a agricultura. Por que um município essencialmente agrícola, no qual a renda vem da agricultura, e ainda fazem um corte tão grande? Como homem do campo e representante da comissão de agricultura deixo o meu pesar por termos um governo sem planejamento e que corta R$ 500 mil da agricultura para o próximo ano. Infelizmente, ano que vem, se já era difícil fazer o trabalho, com esse dinheiro a menos será mais complicado”, relatou o vereador João Ribeiro.

O parlamentar destacou ainda que é preciso que a administração se planeje para realizar eventos importantes como o concurso de qualidade do café e o simpósio de café com leite, iniciativas essenciais para melhorar a produção agrícola e, consequentemente, que aumentam a arrecadação de impostos e o volume de divisas para o município.

“Fazer orçamento em município no qual a receita só vem caindo é muito complicado. Mas eu acho que, de fato, a agricultura ficou muito prejudicada nesse orçamento”, avaliou o vereador Jonildo de Castro Muzi.

“É uma vergonha um município como o nosso diminuir o valor dos investimentos para a agricultura”, comentou o vereador Paulinho da Tôca.

Emendas rejeitadas

Ainda durante a sessão do dia 30 de novembro, os parlamentares rejeitaram por 7 votos a 3 as duas emendas do vereador José Saloto, sobre compra de área para construção de cemitério e outra de construção de coberturas para secadores de café nas comunidades de Bonsucesso e Recreio.

“Nós temos um problema sério no município, pois no cemitério municipal não tem vaga e muita gente não tem como pagar o cemitério”, Saloto.

O vereador Jonildo de Castro Muzi justificou o voto contrário. “O município pagou por 200 jazigos no Cemitério do Campo da Colina e precisa ver como usar essa aquisição. Além disso, o município não tem orçamento para construir”.

“O problema é vontade política de fazer ou não. Tudo o que o prefeito quiser fazer ele consegue pelo orçamento. Emenda em si não resolve o problema, e sim, vontade política”, alertou o vereador Jonildo Muzi.